Nokia N900 (Foto: Divulgação)
Um ano atrás, durante um congresso de Symbian realizado em Londres, a Nokia já estava mostrando o N900, aparelho novinho em folha cuja aposta principal era o uso do Maemo, “sabor” de Linux criado pela Nokia que a princípio seria uma possível alternativa ao Symbian, sistema operacional que a Nokia teima em não largar, tanto que sua mais recente aposta, o N8, ainda usa interface Symbian. Melhorada e mais intuitiva, mas ainda longe da perfeição.
Quando colocamos as mãos no aparelho pela primeira vez, bateu uma certa decepção: o aparelho era pesado, mas OK...tinha um algo a mais: apostava num sistema operacional novo, que ninguém ainda tinha usado - apesar de ser Linux.
Multitarefas
Passamos dois meses com o N900 e nos encantamos, apesar dos (poucos) pesares. Pudemos testá-lo o suficiente para constatar, por exemplo, que ele é, de longe, o melhor aparelho multitarefas do mercado, pelo menos comparado com os que já tínhamos testado, e que é uma excelente opção para quem deseja um celular para trabalho. "O iPhone também é", podem dizer alguns. Mas até então não tínhamos nos deparado com um telefone capaz de carregar várias funções ao mesmo tempo de forma com que o usuário possa acessá-las abertas, enquanto passeia pela área de trabalho. E tudo muito rápido! Este é o maior destaque do N900, mas não é o único. O multitarefas do iPhone ainda é meio “bambo”- ele não roda direito uma rádio online enquanto executa outras tarefas. Nada que algumas atualizações do firmware, no entanto, não resolvam.
Grandalhão
O grande defeito do N900 é o peso, que realmente incomoda, assim como o tamanho. Ele poderia ser menor e mesmo assim ter tantos apetrechos sensacionais. O design não é, definitivamente, a aposta do N900 e o modelo também só está disponível na cor preta.
Nokia N900 (Foto: Divulgação)
Touchscreen
À primeira vista, a tela touchscreen resistiva incomoda - ela é um pouco mais "dura" que a capacitiva, usada pelo iPhone e por outros modelos disponíveis no mercado. A estranheza dura algumas horas, mas passa e logo, logo nos acostumamos com ela.
Incômodo de lado, a interface do Maemo é cristalina! Rápida, eficiente e o botãozinho azul, que fica no alto do lado esquerdo da área de trabalho, faz bem as vezes de "Home". Ou seja, dá para brincar à vontade, alternando entre as funções, e não há como se perder: basta clicar no tal botão e começar tudo de novo: chegar em "casa".
Imagens
A câmera (5 megapixels) é um barato - permite brincar com todas as bobagens que não fazem a menor falta mas que a gente quer ter: etiquetas, configuração de brancos, exposição de imagem, resolução, sensibilidade, ISO (100, 200 e 400), exposição, panorâmica, resolução (média, alta, baixa). Também dá para editar a foto direto na tela e fazer pequenos recortes. Ao salvar a imagem, dá para selecionar a opção de enviá-la para Facebook, Flickr ou OVI, outra aposta da Nokia. Também dá para usar geotagging - marcar a foto através da localização.
Conectividade
O aparelho tem toda e qualquer conectividade que se possa querer: Wi-Fi, Bluetooth full, Mail for Exchange, contas Voip e IM (Instant Messaging), saída de TV e contas de compartilhamento de posts e imagens com Facebook, OVI, Flickr ou outras redes, como a Tweego. Tem também sincronização com PC via PC Suite, software que ainda é muito mais simples que o iTunes. Também traz o Transmissor FM, que já foi liberado no Brasil pela Anatel e permite que se use faixas vazias para ouvir as músicas do aparelho direto no rádio do carro, por exemplo.
Arquivos
O leitor de mídias (funciona como uma galeria de mídia, algo assim, confundo porque o aparelho que testei usava português de Portugal) organiza vídeos, músicas, rádio pela internet, mixing de músicas (um randômico). O aparelho oferece também o pacote básico Nokia - OVI Mapas, acesso direto à comunidade OVI, além de funções de visualização de PDF e pacote "Office" - na verdade, um simulacro com Sheet to Go (planilhas); Slideshow to Go (Powerpoint) e Word to Go (Word).
Texto
Para entrada de texto, pode-se usar o teclado físico, QWERTY, basicão; o virtual; acionar o recurso de conclusão de palavras; capitalização automática e inserção de espaços após as palavras. Tudo para que se escreva mais rápido. A conclusão é que todos os formatos de teclado são confortáveis. E para quem não gosta de nada disso, o aparelho traz a velha canetinha stylus. Ah sim: a visualização da agenda é deliciosa - para quem precisa muito dela, o tamanho da tela ajuda um bocado.
Personalização
Se pudéssemos usar outra palavra para definir o N900 além de multitarefas, usaríamos "personalizável". O usuário pode ter a tela que desejar, com os aplicativos que quiser, com o formato, a proteção de tela que mais lhe apetecer. Para incluir um widget, basta clicar uma vez na tela da área de trabalho que imediatamente aparece uma simpática abinha que oferece a adição de atalhos/marcadores/widgets em geral/opções de alteração de background/temas.
Acelerômetro
Sentimos falta de acelerômetro (sensor de rotação de tela). Mas estávamos satisfeitos em brincar de mudar a cara da área de trabalho e de acessar o browser do Maemo, que é sensacional! Aliás, o aparelho é rápido, mesmo o processador sendo um ARM de 600MHz. Isso se considerarmos que há aparelhos por aí com mais de 1GHz de processador!
Ficha técnica:
Tela | 3.5 polegadas |
Resolução de tela | 800x480 pixels |
Sistema operacional | Maemo |
Rede | 3G, GPRS e EDGE |
Armazenamento | 32GB de memória interna / entrada para cartão microSD de até 16GB |
Câmera | 5 megapixels com lente Carl Zeiss, duplo flash LED e foco automático |
Flash | Sim |
Conectividade | Wi-Fi 802.11 b/g, DNLA, Bluetooth 2.1 com A2DP |
Sincroniza com PC | Sim |
Dimensões | 110.9 x 59.8 x 18 mm |
Peso | 181 gramas |
Autonomia de bateria | até 250 horas em standy-by e 4:30 horas de conversação (3G) |
Itens inclusos | bateria, carregador, fone de ouvido estéreo, cabo de saída de vídeo, flanela e cabo de dados. |
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